Miniconto
Com deferência, o segurança abre a porta; a vendedora, um sorriso. Mulher classuda aquela: grifes da cabeça aos pés, porte de rainha.
Um “Caleche”, por favor...não, não, extrato...Obrigada! Ah, sim, posso ver o fular da vitrine?” Seda preciosíssima, desenho exclusivo. Mil e quinhentos no cartão. A sacolinha é um luxo.
A caminho de casa, entre mais vitrines convidativas, calcula mentalmente o saldo negativo do banco e dos cartões. Até Augusto, ontem, se mandou de vez...que fazer! Há dias não fala com o filho Antonio em Curitiba. Ele poderia mandar algum...
Agora, em frente à geladeira vazia, um miado e o pelo macio acariciando seu tornozelo. “Vamos fofinha, nosso leite dá para dois”.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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Um comentário:
Olá Bruna querida! Adorei o miniconto. Beijokasmil, KK
ps: sábado teremos uma palestra sobre o Projeto Escrevivendo, às 11h. ps:Saudades!
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