Eros, eu não te conhecia.
Não sabia do teu cabelo liso, negro, comprido o suficiente para recolhê-lo atrás das orelhas.
Bastou eu perceber a intenção do teu olhar: vi teus braços jogados para trás, onde teus dedos, longos e nervosos, se agarraram à suéter negra, arrancando-lhe as costas e passando-as por cima da cabeça, descompondo-te as mechas.
Por um momentio o emaranhado de lã cobriu deu peito, enquanto teus braços continuavam
presa daquelas mangas pretas.
Uma mão no ar, depois a outra.
Aí eu soube quem era você.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
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2 comentários:
Querida Bruna,
Sua ode ao tão fascinante deus do Amor está à altura dele: leve, porém incisivo, certeiro.
Trata-se de cena clássica e muito sensual, de descobertas, desvelamentos...
Que Eros a inspire hoje e sempre!
Loreta
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